Após exonerar do cargo comissionado de Diretora de Recursos Humanos, a senhora Marília Gabriela Najha Mendes Silva Jardim, o prefeito Lucas Pocay (PSD), nomeou para o seu lugar, no último dia 6 de novembro, o ex-secretário de Saúde de Chavantes.
O que chama a atenção para tal nomeação, é o fato de que o prefeito teria exonerado Gabriela, após o suposto escândalo envolvendo servidores que teriam feito empréstimos consignados, que estaria sob investigação interna, porém o escolhido do prefeito, o senhor Carlos Alberto Cayres foi condenado por ter desviado dinheiro público, quando exercia a função comissionada em Chavantes, em 2011.
Para ocupar a função no R. H., Carlos receberá o salário de R$5 mil, já que ocupa o Cargo em Comissão 2 (CC-2), de livre nomeação do prefeito municipal.
O Passando a Régua procurou a assessoria do prefeito Lucas, porém não obtivemos resposta até o fechamento da matéria.
E sobre os supostos empréstimos consignados e toda sua apuração, a Prefeitura não divulgou qualquer informação à imprensa, que ainda não sabe quantas pessoas estão envolvidas, o que eles teriam feito e até mesmo o real motivo da exoneração de dois funcionários comissionados.
Condenação
Carlos Alberto Cayres foi condenado em 14 de novembro de 2017, pela Vara Única da Comarca de Chavantes, em sentença assinada pela Juiza Drª Lêda Maria Sperandio Furlanetti, que o sentenciou pela prática do crime previsto no arts. 312 c. c. artigo 327, paragrafo 2º e artigo 71, todos do Código Penal, à pena de 02 (dois) anos, 8 (oito) meses e 20 (vinte ) dias de reclusão e 12 (doze) dias-multa no valor unitário mínimo, no regime inicial aberto, substituída a pena privativa de liberdade por duas restritivas de direitos, consistentes em prestação de serviços à comunidade em entidade a ser indicada pelo juízo da execução e prestação pecuniária no valor de R$ 13.600,00 ( Treze mil e seiscentos reais ).
Como secretário de Saúde da Prefeitura de Chavantes, em 2011, Carlos não teria prestado as devidas contas, dos valores de $ 13.600,00, apontados pelo Tribunal de Constas do Estado de São Paulo.
Em sua defesa na época, Carlos disse “que era secretário da saúde e havia uma funcionária que exclusivamente tratava de despesas de viagens; que havia uma agenda que comprovava todas essas viagens; que após as viagens, os motoristas prestavam contas do valor para a referida funcionária e o declarante verificava e assinava; que trabalhou até dezembro/2015 e, posteriormente, recebeu um comunicado referente ao valor de R$ 13.600,00; que não apresentou resposta ao Tribunal de Contas; que o único documento que comprova as viagens é um livro, porém a Prefeitura não o encontrou”.