Empresários, Ideraldo Luiz Miranda, Alcides Machado e Cláudio (Donos de postos de Combustiveis em Ourinhos)
Um grupo de dez empresários esteve na Câmara Municipal de Ourinhos nesta semana e pediu que seja feita uma cobrança aos órgãos fiscalizadores, no que se refere atuação e instalação dos postos de combustíveis na cidade de Ourinhos.
Os empresários alegam que o Código de Posturas do Município está sendo desrespeitado e que alguns postos estariam fazendo, o que eles consideram prática abusiva de mercado, vendendo o combustível muito abaixo do valor praticado em todo Brasil.
O empresário Ideraldo Luiz Miranda, dono de um posto de combustíveis, destacou que o que eles estão propondo não é o aumento dos preços nas bombas e sim que haja o respeito das leis e regras de mercado.
“O que estamos fazendo aqui não é para subir o preço do combustível para prejudicar a população. O preço praticado hoje na cidade de Ourinhos está abaixo do preço de custo. Nós só queremos ter uma margem justa para poder trabalhar e manter os nossos funcionários da forma mais digna possível. Não é cartel e não queremos fazer aqui um ‘clubinho do Bolinha’”, disse o empresário, rodeado de outros donos de postos de combustíveis de Ourinhos e região.
O principal alvo dos empresários seria o proprietário do Posto São Judas Tadeu, Alceu Oliveira Júnior, que administra um posto na Avenida Domingues Carmerlingo Caló, que fica junto com Supermercado do mesmo nome. Os empresários alegam que a instalação estaria irregular.
“No São Judas Tadeu são dois CNPJs, um para o posto e outro para o Supermercado. O imóvel é separado ou é conjunto? Porque se for uma matricula, o posto precisa ser “intramuros”, ou seja, fazer um muro na frente e só deixar o acesso do estacionamento e se for duas matrículas, precisa separar com um muro o estacionamento do supermercado”, destacou o Ederaldo, que ainda falou que o posto não está respeitando a distância do viaduto, na rodovia.
Os vereadores receberam as reivindicações e deverão repassar aos órgãos competentes de fiscalização. De acordo com o vereador Caio Lima (PSC), a Câmara não tem alçada nenhuma sobre a discussão.
“Quem vai poder responder é a prefeitura, que poderá verificar se existe alguma ilegalidade”, destacou o vereador em um vídeo postado em sua rede social.
“Recebemos alguns empresários donos de postos de combustíveis, após o término da sessão ordinária do dia 17, eles protocolaram durante a reunião nesta Casa de Leis um requerimento solicitando o fornecimento pela prefeitura da cópia do processo referente à expedição do alvará de funcionamento do estabelecimento SSJT Serviço de Auto Posto LTDA. Embora o pedido tenha sido protocolado na Câmara, o requerimento tem como destinatário o prefeito, dessa forma a Câmara encaminhará o pedido para manifestação do executivo”, disse o Presidente Enfermeiro Alexandre.
Em tempo, a Câmara esclarece que em nenhum momento houve discussão sobre preços, vez que a regulação de preços nos combustíveis devem seguir regulamentação da ANP (Agência Nacional do Petróleo). Com a resposta da Chefia do Poder Executivo, os interessados serão devidamente informados.
Auto Posto São Judas Tadeu, que foi questionado pelos empresários
Posto São Judas
Procurado, o proprietário do posto São Judas Tadeu, Alceu Oliveira Júnior, rebateu as acusações sobre o seu estabelecimento, que segundo ele está em perfeita conformidade com normas e regras e detém todas as licenças exigidas para operar em Ourinhos.
“Eu demorei quase dois anos para inaugurar o posto aqui, para conseguir todas as licenças e autorizações e hoje opero de forma tranquila, sem qualquer irregularidade”, ressaltou Alceu.
Em relação ao questionamento sobre o CNPJ e as matriculas, ele disse que são dois CNPJs, duas matriculas de terreno e que respeita todas as normas exigidas pelo município.
De acordo com Júnior, a insatisfação dos empresários é devido ao preço que o seu posto pratica, hoje o Etanol é vendido a R$2,15 e a gasolina R$3,74, cerca de 15 a 20 centavos mais barato que a grande maioria dos postos de Ourinhos.
“Eu coloquei na minha inauguração o mesmo preço que estava sendo praticado pelos postos “Bandeira Branca” na cidade e até mais caro que o outro posto que eu tenho em Assis (SP). Eles baixaram os preços e nós também baixamos. Aqui nunca foi praticado preço a baixo do mercado. O posto pra mim é um departamento do meu negócio e pode dar lucro, como também pode não dar. O foco é supermercado”, ressaltou o empresário.