Ourinhenses enfrentam tempestade, mas mantêm mobilização em frente ao Tiro de Guerra de Ourinhos

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Uma tempestade, na madrugada desta segunda-feira, 14, quase pôs fim a manifestação, que acontece em frente ao Tiro de Guerra, na Rua Expedicionários, no Jardim Matilde, em Ourinhos. A forte chuva aconteceu por volta das 4h da manhã. Confira o vídeo abaixo:

Ourinheses estão acampados no local, desde o último dia 2 de novembro, quando centenas de pessoas iniciaram atos pacíficos pelo Brasil, contra o resultado das eleições, que terminaram com a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), contra Jair Bolsonaro (PL), na disputa da presidência da República.

Polêmica da energia elétrica

Uma polêmica foi instaurada, no fim da tarde deste domingo, 13, após “pipocar” nas redes sociais denúncias sobre a utilização da rede elétrica da Câmara Municipal de Ourinhos pelos manifestantes, que estão acampados, em frente ao Tiro de Guerra, em um terreno ao lado do prédio do Legislativo Ourinhense.

Após a denúncia, o fornecimento de energia aos manifestantes foi retirado pela Câmara, porém, os acampados conseguiram a doação de um gerador de energia e permanecem no local, realizando o ato pacífico. Eles cantam o hino nacional e pedem o apoio das Forças Armadas, pois acreditam que possa ter havido fraudes nos resultados das eleições deste ano.

O Passando a Régua esteve no local na manhã desta segunda-feira, 14, e conversou com alguns manifestantes, que afirmaram que a denúncia sobre a utilização da energia elétrica foi feita por um site da cidade. Ainda segundo os acampados, o presidente do Legislativo, Santiago de Lucas Ângelo (União Brasil) inicialmente havia permitido o fornecimento, mas, após a denúncia do site, achou por bem retirar a ligação. Os manifestantes afirmaram que não se tratava de uma ligação clandestina, ou seja, um “gato” e sim algo permitido pelo presidente, apesar de não haver qualquer oficio sobre a autorização.  

Por outro lado, a quem afirma que a Câmara Municipal, como um poder público constituído, não pode fornecer a energia elétrica aos manifestantes. E que os manifestos não podem sequer receber qualquer apoio do poder público, em qualquer das esferas da federação.

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes, afirma que os atos são antidemocráticos e grande parte da imprensa brasileira, chama a mobilização de atos golpistas e que os manifestantes não teriam aceitado a derrota nas urnas de Jair Bolsonaro.

O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) afirma que não houve fraude em todo o processo eleitoral.

Já as Forças Armadas divulgaram, na última quarta-feira, 9, um relatório, em que afirma que não é possível garantir que não houve fraude nas urnas eletrônicas, pois os códigos fontes não foram completamente auditados.