O ex-jogador Robinho foi preso pela Polícia Federal em sua residência no bairro Aparecida, em Santos, litoral de São Paulo, nesta quinta-feira, 21. A prisão ocorreu após a Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinar que ele cumpra a pena de 9 anos pelo crime de estupro coletivo, condenação proferida pela justiça italiana em relação a um incidente ocorrido em 2013.
O crime, envolvendo uma mulher albanesa, ocorreu quando Robinho jogava pelo Milan, na Itália. Nove anos após o ocorrido, a justiça italiana confirmou a condenação em última instância, o que levou à determinação do cumprimento da pena no Brasil.
A prisão de Robinho foi realizada por volta das 19h e o ex-jogador passará por audiência de custódia ainda nesta noite. Após ser submetido ao exame de corpo de delito, ele será encaminhado para uma penitenciária, cujo local ainda não foi definido.
A decisão do STJ, que começou a ser deliberada na quarta-feira (20) e ocorreu remotamente, resultou na condenação de Robinho a 9 anos de prisão em regime fechado. A Corte Especial do STJ também negou um habeas corpus impetrado pelos advogados de Robinho no Supremo Tribunal Federal (STF), solicitando a suspensão da prisão até o fim dos recursos.
O crime, ocorrido em 2013, envolveu Robinho e outros cinco homens em um estupro coletivo contra uma mulher albanesa em uma boate em Milão. Embora os condenados alegassem que a relação foi consensual, a justiça italiana confirmou a condenação em última instância em janeiro de 2022.
A legislação brasileira impede a extradição de cidadãos brasileiros natos para cumprimento de penas no exterior, o que levou o Ministério Público Federal a defender que Robinho cumprisse a pena no Brasil. O governo italiano solicitou a homologação da sentença estrangeira em fevereiro, processo que foi encaminhado ao Superior Tribunal de Justiça. A defesa de Robinho argumentou que a homologação da sentença violava a Constituição brasileira, uma vez que ele é brasileiro nato e, portanto, não poderia ser extraditado.
Robinho durante partida de futevôlei em Santos no ano passado — Foto: Arquivo Pessoal