Mais de 80% dos pacientes que faleceram com Covid-19 em Ourinhos apresentavam alguma comorbidade

21 pessoas morreram sem apresentar nenhuma doença ou predisposição.
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Até a noite desta sexta-feira, 26, a cidade de Ourinhos confirmou o registro de 106 óbitos em decorrência de complicações da contaminação pelo novo coronavírus, deste número, 85 pacientes (80,1%) tinham alguma comorbidade, ou seja, mais doenças que predispõem a desenvolver a Covid-19 (confira mais abaixo quais são as doenças mais perigosos da pandemia). O número foi divulgado pela assessoria da Prefeitura de Ourinhos, que destacou que 21 pacientes (19,8%) não apresentavam nenhuma comorbidade, ou seja, morreram quase que exclusivamente devido a ação do vírus.

Tais números mostram a importância de pacientes que tenham algum tipo de comorbidade em redobrar os cuidados de higiene e evitar ao máximo se expor a contaminação do novo coronavírus. Confira abaixo a relação das principais doenças que aumentam em mais de 80% a chance de óbito de pacientes que contraem o novo coronavírus.

  • Doenças cardíacas crônicas (Inclusive Hipertensão Arterial – HAS Descompensada)
  • Doença cardíaca congênita
  • Insuficiência cardíaca mal controlada
  • Doença cardíaca isquêmica descompensada
  • Doenças respiratórias crônicas, inclusive tuberculose de todas as formas (há evidências de maior complicação e possibilidade de reativação)
  • DPOC e asma mal controlados
  • Doenças pulmonares intersticiais com complicações
  • Fibrose cística com infecções recorrentes / Cirrose hepática Child B e C
  • Displasia broncopulmonar com complicações
  • Crianças com doença pulmonar crônica da prematuridade
  • Doenças renais crônicas, em estágio avançado (graus 3,4 e 5)
  • Nefropatias
  • Pacientes em diálise
  • Imunossupressos (HIV, Uso de imunossupressores, quimioterápicos e imunobiológicos, corticoide ≥ 20 mg/dia por mais de duas semanas, inibidores de TNF-alfa, neoplasias ou outros)
  • Transplantados de órgãos sólidos e de medula óssea
  • Imunossupressão por doenças e/ou medicamentos (em vigência de quimioterapia/radioterapia, entre outros medicamentos)
  • Portadores de doenças cromossômicas e com estados de fragilidade imunológica (ex.: Síndrome de Down)
  • Diabetes
  • Obesidade (especialmente aqueles com índice de massa corporal – IMC ≥ 40 em adultos)
  • Hepatopatias
  • Doenças hematológicas (incluindo anemia falciforme)
  • Transtornos neurológicos e de desenvolvimento que podem comprometer a função respiratória ou aumentar o risco de aspiração (disfunção cognitiva, lesão medular, epilepsia, paralisia cerebral, síndrome de Down, acidente vascular encefálico – AVE ou doenças neuromusculares)