A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) determinou, a partir desta terça-feira, 11, a suspensão de todas as operações da companhia aérea Voepass. A decisão foi anunciada no início da madrugada e ocorre devido a irregularidades na segurança operacional da empresa.
A medida ocorre menos de um ano após o acidente com um avião da Voepass em Vinhedo (SP), que resultou na morte de 62 pessoas. Desde então, a agência tem intensificado as fiscalizações na companhia. Segundo a Anac, a empresa não conseguiu sanar as irregularidades identificadas, além de descumprir exigências estabelecidas anteriormente, como a redução da malha aérea e o aumento do tempo das aeronaves no solo para manutenção. Algumas falhas que haviam sido consideradas resolvidas voltaram a ocorrer.
A Voepass conta com seis aeronaves e atende 16 localidades com voos comerciais, além de duas rotas fretadas. A empresa realiza conexões entre a capital paulista e cidades do interior, como Ribeirão Preto e Presidente Prudente. Com a suspensão, os 34 voos programados para esta terça-feira foram cancelados, impactando 1.908 passageiros.
A Anac esclareceu que a suspensão é uma medida cautelar e que a companhia deve comprovar a correção das não conformidades para retomar as atividades. "A Anac determinou a suspensão das operações da empresa até que seja evidenciada a retomada de sua capacidade de garantir o nível de segurança previsto nos regulamentos vigentes", informou a agência em nota.
Desde o acidente de 2023, a Anac tem intensificado a fiscalização da Voepass, enviando servidores para verificar condições operacionais e de manutenção. O relatório preliminar do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) indicou que a tripulação relatou falha no sistema antigelo, mas não foi possível confirmar se isso afetou o desempenho da aeronave. Outros pilotos relataram condições de trabalho precárias e jornadas exaustivas, enquanto passageiros compartilharam experiências negativas em redes sociais.
A Anac justificou a decisão citando a incapacidade da Voepass em cumprir exigências regulatórias. Em outubro, a agência exigiu ajustes na malha aérea, manutenção das aeronaves, troca de administradores e a execução de um plano de ações para correção das falhas. No entanto, uma nova auditoria no fim de fevereiro constatou que o sistema de gestão da empresa havia se deteriorado ainda mais.
Em resposta à decisão, a Voepass afirmou que sua frota "é aeronavegável e apta a realizar voos seguindo as rigorosas exigências de padrões de segurança". A companhia garantiu que já iniciou tratativas internas para comprovar a segurança de suas operações.
Os passageiros afetados devem buscar reacomodação ou reembolso diretamente com a companhia ou agência de viagens onde adquiriram as passagens. A Anac reforçou que a empresa deve seguir as regras da Resolução 400, que define direitos dos consumidores em casos de cancelamentos e atrasos de voos.
Matérias sobre a empresa publicadas no Passando a Régua:
A medida ocorre menos de um ano após o acidente com um avião da Voepass em Vinhedo (SP), que resultou na morte de 62 pessoas. Desde então, a agência tem intensificado as fiscalizações na companhia. Segundo a Anac, a empresa não conseguiu sanar as irregularidades identificadas, além de descumprir exigências estabelecidas anteriormente, como a redução da malha aérea e o aumento do tempo das aeronaves no solo para manutenção. Algumas falhas que haviam sido consideradas resolvidas voltaram a ocorrer.
A Voepass conta com seis aeronaves e atende 16 localidades com voos comerciais, além de duas rotas fretadas. A empresa realiza conexões entre a capital paulista e cidades do interior, como Ribeirão Preto e Presidente Prudente. Com a suspensão, os 34 voos programados para esta terça-feira foram cancelados, impactando 1.908 passageiros.
A Anac esclareceu que a suspensão é uma medida cautelar e que a companhia deve comprovar a correção das não conformidades para retomar as atividades. "A Anac determinou a suspensão das operações da empresa até que seja evidenciada a retomada de sua capacidade de garantir o nível de segurança previsto nos regulamentos vigentes", informou a agência em nota.
Desde o acidente de 2023, a Anac tem intensificado a fiscalização da Voepass, enviando servidores para verificar condições operacionais e de manutenção. O relatório preliminar do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) indicou que a tripulação relatou falha no sistema antigelo, mas não foi possível confirmar se isso afetou o desempenho da aeronave. Outros pilotos relataram condições de trabalho precárias e jornadas exaustivas, enquanto passageiros compartilharam experiências negativas em redes sociais.
A Anac justificou a decisão citando a incapacidade da Voepass em cumprir exigências regulatórias. Em outubro, a agência exigiu ajustes na malha aérea, manutenção das aeronaves, troca de administradores e a execução de um plano de ações para correção das falhas. No entanto, uma nova auditoria no fim de fevereiro constatou que o sistema de gestão da empresa havia se deteriorado ainda mais.
Em resposta à decisão, a Voepass afirmou que sua frota "é aeronavegável e apta a realizar voos seguindo as rigorosas exigências de padrões de segurança". A companhia garantiu que já iniciou tratativas internas para comprovar a segurança de suas operações.
Os passageiros afetados devem buscar reacomodação ou reembolso diretamente com a companhia ou agência de viagens onde adquiriram as passagens. A Anac reforçou que a empresa deve seguir as regras da Resolução 400, que define direitos dos consumidores em casos de cancelamentos e atrasos de voos.
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