Calculadoras, Recurso Indispensável; por Jair Vivan Jr.

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A gente vivia em paz, sem problemas que não se resolvesse, mesmo porque já vinham aprimorando as calculadoras, inclusive algumas que cabiam no bolso, apertado, mas cabiam.

Corria a bocas pequenas que no futuro não precisaríamos mais decorar as tabuadas, seria tudo no botãozinho, imagina, e também não iríamos mais precisar usar o lápis, na maioria das vezes mastigado na extremidade superior que danificava a do dez e também eu só apontava até a do dois, na verdade eram as duas que eu já tinha decorado, depois dominei a do cinco, as outras já eram mais difíceis, só resolvi melhor depois das calculadoras mesmo.

O nove vezes nove também aprendi fácil, pois dos nove ladrões, meu pai foi um, dava até briga mas aprendia.

No mais tinha que se virar, contava no dedo, chutava e tal, quando a professora descobriu, me proibiu de ficar com as mãos para trás, tive que me adaptar, aprendi a contar nos dedos dos pés, na tabuada corrida eu tinha certa habilidade e também rapidez para contar nos dedos, mas na salteada é que o bicho pegava.

Até que tabuada passou a ser teoria, na prática mesmo era na calculadora, a que mais me impressionou de início foi uma Facit que meu pai operava, era sem bobina de papel, possuía visores, alavancas e uma manivelinha que era girada no horário e anti-horário rapidamente e ele se gabava dizendo que fazia qualquer conta mais rápido do que qualquer um naquele balcão de loja.

Evoluiu e por muito tempo a menorzinha era a Olivetti azulzinha esverdeada de gabinete plástico e muitas se passaram, até chegar nos modelos modernos mais leves e menores, toda de plástico, mas ainda bem grandes, que assim como as máquinas de escrever, com o avanço tecnológico se tornaram obsoletas.

Em meus eventuais trabalhos em home oficce na época, por vezes tive que levar do escritório para casa aquele pesado trambolho de calcular, o que me fazia pensar: Se eu tivesse estudado tabuada, talvez agora não precisasse estar carregando peso.

E foi um alívio saber que assim como outros recursos a calculadora estaria presente em nossos smartphones, sempre ali e cabendo no bolso, era a vida ficando fácil.

(Reveja outras crônicas - Clique na foto acima)