Após quase 15 meses atrás das grades e uma fiança estipulada em 1 milhão de euros, o ex-jogador Daniel Alves, condenado por agressão sexual, deixou a prisão nesta segunda-feira sob uma autorização de liberdade provisória emitida pelo Tribunal de Barcelona.
Acompanhado por sua mãe, advogada e um amigo, Alves foi liberado da prisão de Brians 2, localizada a 40 quilômetros de Barcelona, onde estava detido desde janeiro de 2023, enquanto aguardava o desenrolar do caso.
Durante seu período de detenção, Alves teve quatro pedidos de liberdade negados, até que na semana passada a Justiça espanhola concedeu a liberdade provisória. O ex-jogador também pagou a fiança estipulada, confirmando o montante de 1 milhão de euros nesta segunda-feira.
O Tribunal de Barcelona, responsável pelo caso, recolheu os passaportes do brasileiro, tanto o brasileiro quanto o espanhol, antes de decretar sua liberdade.
Na última quarta-feira, os juízes da Audiência de Barcelona optaram, por maioria, por conceder a liberdade provisória a Alves enquanto aguarda a sentença definitiva. Sua defesa recorreu da condenação recebida em fevereiro, que o sentenciou a quatro anos e meio de prisão pelo crime de agressão sexual.
No entanto, o Ministério Público de Barcelona contestou essa decisão no sábado e solicitou o retorno de Alves à prisão. O pedido está sob análise da Audiência de Barcelona.
Além de pagar a fiança, a sentença que concedeu a liberdade provisória a Alves também estabeleceu algumas condições, incluindo a proibição de deixar a Espanha, a obrigação de manter uma distância mínima de 1 quilômetro da vítima e comparecer semanalmente ao Tribunal de Barcelona.
Ao sair da prisão, Alves foi visto entrando no carro de sua mãe e advogada, dirigindo-se à sua residência em um bairro nobre de Barcelona, onde sua esposa, a modelo espanhola Joana Sanz, atualmente reside.
A mãe de Daniel Alves, Maria Lucia Alves, celebrou a decisão nas redes sociais, chamando-a de "vitória". No entanto, Maria Lucia também está envolvida em um processo judicial na Espanha por ter divulgado supostas imagens da vítima, o que foi proibido pela juíza responsável desde o início do caso.
Ainda não foram divulgadas informações sobre os próximos passos de Alves após deixar a prisão, enquanto a decisão final sobre seu caso permanece pendente nos tribunais espanhóis.