Ex-jogador Robinho deixa isolamento e passa a dividir cela com outro detento

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Após 12 dias de isolamento, o ex-jogador Robinho deixou a cela solitária e passou a compartilhar um espaço comum com outro detento na Penitenciária Doutor José Augusto César Salgado, conhecida como P2, em Tremembé (SP). Esta unidade é reconhecida como o 'presídio dos famosos'.

Robinho foi preso pela Polícia Federal no dia 21 de março, após a Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinar que ele cumpra no Brasil uma pena de nove anos pelo crime de estupro coletivo, baseada em uma condenação da Justiça Italiana. O caso remonta a 2013.

Desde sua prisão, o ex-atleta estava isolado dos demais detentos, em uma cela de cerca de oito metros quadrados, onde passou por adaptações e avaliações necessárias pela equipe penitenciária. Entretanto, esse período de isolamento chegou ao fim no último domingo (31), segundo informações da Secretaria de Segurança Pública (SAP) de São Paulo.

A cela compartilhada, onde Robinho agora reside, possui dimensões de 2 x 4 metros e abriga também um outro detento. Com essa mudança, o ex-jogador ganha o direito de receber visitas de sua família, algo que não era permitido durante o isolamento. As visitas na P2 acontecem aos finais de semana, com permissão para dois visitantes por dia, além de crianças menores de 12 anos que sejam filhos ou netos do preso.

A P2 de Tremembé é conhecida por abrigar diversos presos famosos, como Alexandre Nardoni, Cristian Cravinhos, Lindemberg Alves, Gil Rugai, Mizael Bispo e Edinho, filho de Pelé. Atualmente, a capacidade da unidade é para 584 detentos entre regime semiaberto e fechado, porém, atualmente, abriga 434.

O caso que levou à prisão de Robinho ocorreu em 2013, quando ele era jogador do Milan, clube de Milão, na Itália. Ele foi condenado por estupro coletivo, juntamente com outros cinco homens, por agredir sexualmente uma mulher albanesa em uma boate em Milão, que estava inconsciente devido ao consumo excessivo de álcool. Os condenados afirmam que a relação foi consensual, mas a justiça italiana decidiu pela condenação em última instância em janeiro de 2022.