Guilherme Gonçalves explica situação financeira e anuncia contenção de gastos; valor da concessão da SAE sanou déficit

De acordo com Guilherme, o ex-prefeito Lucas Pocay usou o dinheiro da outorga da concessão dos serviços de água e esgoto para pagar as dívidas que ele fez durante os anos de 2023 e 2024.
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Na manhã desta terça-feira, 11, o prefeito de Ourinhos, Guilherme Gonçalves (Podemos), concedeu uma coletiva de imprensa no gabinete da Prefeitura para abordar a atual situação financeira do município. Segundo o prefeito, a gestão anterior, comandada por Lucas Pocay (PSD), utilizou quase a totalidade dos R$ 277,5 milhões provenientes da outorga da concessão dos serviços de água e esgoto, bem como da extinção da Superintendência de Água e Esgoto (SAE), para cobrir despesas excessivas e equilibrar as contas municipais. Veja o vídeo abaixo. 

Guilherme destacou que será necessário um corte de gastos para gerar uma economia de até R$ 90 milhões por ano. Como consequência, algumas grandes obras poderão ser impactadas, incluindo a possível paralisação do Parque do Centenário, iniciado na gestão anterior com um custo superior a R$ 22 milhões. No entanto, o prefeito garantiu que as obras na área da saúde, como a construção de unidades de saúde, continuarão em andamento.

Outro impacto da nova administração será o cancelamento dos
shows de carnaval previstos para o dia 28 de fevereiro na Praça Mello Peixoto, incluindo a apresentação do Grupo Revelação. Apesar disso, Guilherme assegurou a realização da FAPI (Feira Agropecuária e Industrial de Ourinhos), cuja organização será conduzida por especialistas no evento.

O prefeito também enfatizou a necessidade de ser dialogar com os servidores municipais, pois com a concessão dos serviços de água e esgoto, a Prefeitura herdou os servidores da SAE, aumentando significativamente os gastos com salários. Além disso, a empresa Ourinhos Saneamento, que administra os serviços de água, passou a cobrar pelo consumo nas repartições públicas, o que representa um custo mensal de mais de R$ 1 milhão para os cofres municipais. Somado a isso, a Prefeitura ainda desembolsa quase R$ 100 mil por mês para a empresa responsável pela fiscalização da concessionária, um compromisso firmado na gestão anterior.

Apesar das dificuldades, Guilherme se mostrou otimista e afirmou que os cortes e ajustes administrativos permitirão que as contas municipais sejam equilibradas até 2026, possibilitando um futuro mais próspero para Ourinhos.