O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apresentou nesta quarta-feira (27), em cadeia nacional de rádio e TV, um pacote de medidas que busca economizar R$ 70 bilhões em dois anos. O objetivo é conter o déficit público, mas as propostas, que ainda precisam de aprovação do Congresso, provocaram reações mistas no mercado.
Principais pontos do anúncio:
Principais pontos do anúncio:
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Imposto de Renda:
- Isenção para quem ganha até R$ 5 mil mensais, com implementação a partir de 2026.
- Para compensar, haverá aumento de tributação sobre quem recebe acima de R$ 50 mil por mês.
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Salário mínimo:
- Aumento acima da inflação será limitado a 2,5% ao ano, dependendo do crescimento do PIB.
- Caso aprovado, o valor do salário mínimo em 2025 seria de R$ 1.515, menor do que os R$ 1.521 projetados pela regra atual.
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Supersalários no funcionalismo público:
- Benefícios que extrapolam o teto constitucional (R$ 44.008,52) serão cortados.
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Abono salarial:
- Renda máxima para acesso ao benefício será reduzida gradualmente de dois para 1,5 salário mínimo, corrigido anualmente pela inflação.
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Aposentadorias militares:
- Idade mínima para a reserva será ampliada, com limitações para transferências de pensões.
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Emendas parlamentares:
- Crescimento anual das emendas ficará limitado a 2,5% acima da inflação. Metade dos recursos das comissões será destinada à saúde.
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Benefícios fiscais:
- Novos incentivos tributários serão proibidos em períodos de déficit fiscal.
O aumento da isenção do IR, considerado um ponto popular do pacote, gerou críticas no mercado financeiro, que teme o impacto na arrecadação federal. O dólar alcançou seu maior valor nominal desde a criação do real.
Uma coletiva de imprensa está marcada para esta quinta-feira (28), onde a equipe econômica dará mais detalhes sobre as propostas.
Uma coletiva de imprensa está marcada para esta quinta-feira (28), onde a equipe econômica dará mais detalhes sobre as propostas.