Jair Vivan Jr. fala da diversão de um passado cheio de cores e animação

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Respeitável público..., saudades dos circos eventualmente armados na cidade, uma boa opção trago bem na memória, era um show de novidades, palhaços no picadeiro, animais, trapezistas, Globo da Morte, equilibristas, homem bala, malabaristas e outros, grande lona colorida, a cidade ganhava vida ao ver desfilando nas ruas, as jaulas com os bichos e a trupe organizada para as atrações tão esperadas.

Mais ainda eram os parques que traziam diversões, também eram esporádicos, valia a pena esperar, brinquedos inusitados, do Carrossel a Roda Gigante, aos poucos vinham evoluindo, carrinho que girava, aviãozinho que girava subia e descia, Trem Fantasma, Chapéu Mexicano..., até que chegou o Tobogã, este sim era radical, cheguei a descer em pé, eu encarava todos.

Eram tantas coisas novas, tantas coisas bonitas, mas eu já vinha mudando os interesses.

É que fui crescendo, adolescendo, circo ficou bom para fugir com a trupe, parque bom para namorar e melhor ainda para arranjar namoradas.

Fui viver nos grandes centros, vi os circos rareando e alguns se aperfeiçoando, vi os parques evoluindo, fantásticos, se destacavam com suas Montanhas Russas com muita luminosidade, maravilha vista de longe, mas eu não me metia.

Eu estava constituindo família, vivia na correria, ainda estava tendo filhos e a criançada crescendo.

Voltei a procurar os circos e parques agora para levar os filhos, em alguns resgatava o passado, em outros me surpreendia com tantas novidades, principalmente nos parques com brinquedos que "não é brinquedo não".

Os circos foram buscando novas atrações para suprir a ausência dos animais que teve a exploração proibida por lei.

Mas nos parques tive que encarar, na primeira tentativa que meu filho fez de ir à Montanha Russa na qual eu teria que acompanhar, foi barrado pelo tamanho, ufa não passou na medida, na segunda deu, ele atingiu a altura, se divertiu muito e eu quase morri.

Também tive que acompanhar no Interprise, um que vai girando subindo mudando de posição, atingindo grande velocidade, eu travei de um jeito nas laterais que fiquei com marcas de vergão por dois dias nas pernas.

Por fim fui ao Barco Viking com alguns familiares e em uma parada ocasional antes de terminar a rodada eu desci correndo e prometi nunca mais subir em um negócio (brinquedo) desses, mesmo porque os filhos cresceram e não precisam mais de mim para isto.

O problema é que não sei falar não para os netos que já andaram falando em circo, tudo bem, mas quando saio com eles passo longe dos parques de diversão, vai que dá altura.