No sábado, antes do almoço, meu irmão do meio, apareceu em casa com três frangos caipiras.
Fez um serviço grande nas instalações elétricas de um barracão, perto do antigo Mercadão de Ourinhos... Além de receber o combinado ainda ganhou os frangos.
Minha mãe pediu pra eu e o Ulisses buscarmos pó-de-serra para fazer o fogareiro, na fábrica de carrocerias do Zé Maria da Costa, pertinho do pontilhão da Jacinto Sá.
Quando voltamos pra fazer o fogareiro mamãe já tinha matado e limpado os frangos.
Ah, só pra lembrar, quando tinha frango caipira em casa o almoço virava banquete.
Minha mãe nunca errou no tempero... Alho, sal, pimenta do reino, colorau e exagerada quantidade de cheiro verde... Noooossa, deu água na boca agora!
Cada irmão tinha um pedaço preferido: coxa, peito, pescoço, cabeça, ‘santantonio’, etc...
Penso que se mamãe fizesse dez frangos a gente comeria todos.
Eu sempre tive preferência pela moela, fígado e pés (só pra ficar chupando os ossinhos).
Sempre, sempre mesmo, após o almoço, a Regina e a Dorinha pegavam o ossinho chamado "joguinho" e cada uma puxava para seu lado, até quebrar... A que ficasse com a parte maior iria viver mais (mentiras sinceras interessam - diria Cazuza. Música abaixo).
Lembrança doída, de um tempo onde nos reuníamos com papai e mamãe e os irmãos, em volta da mesa, e a vida era um colorido sonho feliz!
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