Hoje (8), Corpus Christi, é uma data inesquecível, além de fazer parte do calendário tanto da Igreja Católica como de algumas igrejas anglicanas, sempre esteve presente na vida de nossa família.
A tradição católica de confeccionar tapetes para a procissão, trazida pelos portugueses: os tapetes de Corpus Christi são uma prática comum em muitas partes do país, representando símbolos e cenas importantes da fé católica.
Os tapetes confeccionados a partir de vários produtos, como tinta, serragem, borra de café, areia, cal, tampinhas de garrafas, mexia tanto com minha mãe que ela fazia com que todos de casa participassem.
A gente passava pelo menos um mês juntando os produtos para confeccionar os tapetes... Padre Bernardino entregava os desenhos temáticos e, na madrugada do Dia de Corpus Christi, a Vila Perino inteira estava enfeitando a Dom José Marelo, naquelas madrugadas geladas.
Atualmente a tradição permanece, menos participativa acredito, porém com a mesma fé de sempre.
Minha mãe não nos deixava jogar futebol, não podia comer carne, nem falar palavrão no dia de Corpus Christi, era pecado mortal - dizia ela!
Aí, tempos depois, apareceu a zoeira dos adversários na data sagrada, se o Palmeiras perdesse na véspera já vinha o comentário infame: "Hoje é dia de Porcus Tristis", como ontem o Palmeiras goleou o Barcelona de Guaiaquil, neste ano a zoeira foi adiada, mesmo que tivesse perdido, todos estariam perdoados!
Imagem do tapete feito na Paróquia de Santo Antônio nesta quinta-feira, 8 (Foto: Passando a Régua)
Tapete feito na Avenida Gastão Vidigal, na Paróquia de Nossa Senhora do Vagão Queimado (Foto: Passando a Régua)
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