João Neto: O que você vai ser quando crescer?

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A verdade é que, desde criança, alimentamos ou sonhamos com um futuro melhor, futuro alicerçado à uma boa base de estudos objetivando uma carreira profissional de sucesso como: médico, dentista, advogado, piloto de avião, astronauta e etc..

Eu, cidadão comum, moleque pobre pra “dedéu”, nunca planejei, ou sonhei, o que eu queria ser, logicamente que queria ficar rico, porém, minha realidade social insistia em desmoronar meus castelos de sonhos!

Comecei minha carreira como todo moleque pobre: engraxando sapatos, vendendo salgados, catando sucatas pelas ruas, enfim, atividades mal remuneradas e sem futuro.

Num dia qualquer, minha mãe foi taxativa:

- Você já tem treze anos, João... Hora de procurar um trabalho registrado!

Por acaso, naquele mês, fui convidado para trabalhar na Selaria São José, com pouco mais de treze anos meu primeiro registro em carteira!

Não gostei do trabalho de ficar preso atrás do balcão... Tentei no Supermercado Tone, pior ainda, não tinha nem tempo pra estudar.

Com quinze anos ingressei na Serralheria Moya  onde permaneci por dez anos, me tornei Oficial de Serralheria, aliás minha verdadeira profissão.

Ah, foi nessa época que empurrei as atividades escolares com a barriga, terminei o segundo grau na bacia das almas.

Bem, com vinte e tantos anos descobri que a solda elétrica estava prejudicando meus olhos, tive que reajustar meu plano de voo.

- E agora, João... Fazer o quê?

Foi aí que decidi me aventurar nos Concursos Públicos... Prestei concurso no Banestado e no Banespa, passei nos dois, nessa época descobri o quanto minha base de estudos foi fantástica (obrigado meus queridos professores!).

O primeiro que me chamou foi o Banestado, onde trabalhei por mais de dez anos, só saí quando foi privatizado!

Bati cabeça por algum tempo, passei no Concurso do IBGE onde fui Supervisor Censitario no Censo de 2.000.

Em 1998 eu havia sido aprovado no Concurso do Banco do Brasil (era o sonho de minha mãe!) onde fui chamado em 2.000, logo depois do Censo, fiquei até 2003 no B. Brasil, não gostei, pedi demissão.

Em 2003 decidi mudar radicalmente meu foco, fui para a área elétrica, passei no Concurso da Companhia Paranaense de Energia - Copel,  onde aposentei em 2020 como Operador de Subestações. Quarenta e dois anos, quatro meses e vinte e nove dias de contribuição ao INSS.

Pra ser sincero, nesses três anos, não me acostumei com a vida de aposentado... Mesmo  que meu "velocímetro" aponte para o maldoso 6.3, estou me preparando para novo concurso público, dessa vez vou tentar a Petrobrás.

Como se vê o mundo foi projetado para te dizer "não", é você quem tem que dizer "sim"!

Se servir de inspiração aí está meu conturbado plano de carreira, é só copiar e colar.

Confira outra história – clique aqui

Confira um pouco da história de João Neto que ele contou no Podcast do Passando a Régua: