Foto: Reprodução
Acho que ter assistido, numa sessão das dez, "O Destino do Poseidon" com Gene Hackman, no Pedutti em 1973, me tornou ainda mais medroso do que eu já era... Aquele drama do navio sendo tombado por uma onda gigante, após seus compartimentos serem invadidos por quantidade absurda de água me traumatizou.
Mas o que isso tem a ver com Ourinhos, João?
É que um linguarudo, afirmou, com veemência, que se um dia a caixa d'água do Corpo de Bombeiros, no alto da Rodrigues Alves, rompesse, Ourinhos ficaria debaixo d'água.
Nem precisa dizer que eu perdia o sono quando lembrava disso, as cenas do filme, com aquela aguaceira, eram transferidas em minha memória para as ruas da cidade.
Eu chegava sonhar com aquela tragédia.... Confesso que evitava olhar para os lados do Corpo de Bombeiros... Inevitável as cenas não se misturarem com meus medos. Meu drama era digno de registro em Hollywood.
E foram anos remoendo esse tormento, até o dia em que, numa aula de cálculo de volume, Professor Matsumoto me ensinou a fórmula: largura x comprimento x altura.
Numa conta simples de multiplicação cheguei à conclusão de que a quantidade de água na caixa d'água do Corpo de Bombeiros mal daria pra molhar a Rua 12 de Outubro, na Vila Margarida. E pensar que até plano de fuga eu rascunhei para fugir da catástrofe.
Desfeito o engano e exorcizado todo o medo, agora estou aqui, de frente pra esse monumento ourinhense, maior é mais belo cartão postal da cidade.
Sua fama um dia me amedrontou, sua suntuosidade hoje causa admiração!
Preservem nossa caixa d'água, por favor, ela faz parte de nós!
Obs.: Minha homenagem ao ator Gene Hackman que, ao lado da esposa, faleceu misteriosamente, na semana que passou.
Mas o que isso tem a ver com Ourinhos, João?
É que um linguarudo, afirmou, com veemência, que se um dia a caixa d'água do Corpo de Bombeiros, no alto da Rodrigues Alves, rompesse, Ourinhos ficaria debaixo d'água.
Nem precisa dizer que eu perdia o sono quando lembrava disso, as cenas do filme, com aquela aguaceira, eram transferidas em minha memória para as ruas da cidade.
Eu chegava sonhar com aquela tragédia.... Confesso que evitava olhar para os lados do Corpo de Bombeiros... Inevitável as cenas não se misturarem com meus medos. Meu drama era digno de registro em Hollywood.
E foram anos remoendo esse tormento, até o dia em que, numa aula de cálculo de volume, Professor Matsumoto me ensinou a fórmula: largura x comprimento x altura.
Numa conta simples de multiplicação cheguei à conclusão de que a quantidade de água na caixa d'água do Corpo de Bombeiros mal daria pra molhar a Rua 12 de Outubro, na Vila Margarida. E pensar que até plano de fuga eu rascunhei para fugir da catástrofe.
Desfeito o engano e exorcizado todo o medo, agora estou aqui, de frente pra esse monumento ourinhense, maior é mais belo cartão postal da cidade.
Sua fama um dia me amedrontou, sua suntuosidade hoje causa admiração!
Preservem nossa caixa d'água, por favor, ela faz parte de nós!
Obs.: Minha homenagem ao ator Gene Hackman que, ao lado da esposa, faleceu misteriosamente, na semana que passou.
