Alguns dias atrás estávamos chorando o Dia de Finados, anteontem (15) foi dia de comemorarmos a Proclamação da República.
Ontem (16), ao abrir a caixa do correio, dada a quantidade de panfletos, percebo que começaram as promoções de final de ano nas lojas de departamentos.
"Então é Natal", já canta a Simone (abaixo o clip oficial de 1995).
Um amigo, antecipando felicitações natalinas, colou uma linda árvore de Natal na minha página do "face"...
Voltei no tempo...
A total falta de recursos, de outrora, obrigava-nos a montar nossas árvores de Natal usando espinhentos galhos de limoeiro, recortes de jornais, tampinhas de garrafas e retalhos de tecidos velhos... Ah, os chumaços de neve eu recolhia nas lixeiras das farmácias da cidade, era algodão usado.
Não sei se foi culpa da positividade ou o simbolismo que as árvores de Natal sugerem... Acredito que as orações ao Menino Jesus foram atendidas. A verdade é que nossas árvores de Natal, tal qual nossa vida, foram melhorando em qualidade e aparência.
A fome não mais se sentou em nossa mesa, as ceias natalinas ficaram recheadas de chocolate, panetone, presentes e felicidade.
Hoje, passados muitos anos, começo montar minha árvore de Natal, sem ostentação... Desta vez o único luxo será a neve artificial: usarei algodão da Johnson & Johnson, aquele de R$25 o pacote.
E nossa árvore de Natal será assim, simplesinha, para lembrar que é necessário que se prove o amargo do suco da vida, para que se dê valor às conquistas, à saúde, às amizades, à vontade de vencer e o sublime amor a Deus.
Apesar das lembranças, o céu escuro não mais habita nossas vidas... Hoje meus momentos são radiantes, e minha árvore de Natal, ainda que montada sem aparatos, emanará um brilho silencioso, e, por causa da presença de algumas folhas de limoeiro, vai exalar um suave perfume cítrico.
Tudo que é referente ao nascimento de Jesus nos remete à certeza da renovação, às esperanças e às vitórias!
Desde já... Feliz Natal!
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