João Neto: Um Leão por Dia!

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Quando ainda crianças não temos qualquer entendimento das dificuldades que enfrentaremos durante nossa caminhada... Independente das posses familiares – todos nós, sem exceção - enfrentaremos obstáculos terríveis, quer para gerenciar patrimônios, quer para gerar recursos para nossa própria existência.

Quanto ao gerenciamento do patrimônio, para ilustrar meu pensamento, outro dia assisti um documentário sobre a Família Matarazzo, italianos radicados no Brasil no começo do século passado, o patriarca, Francesco Matarazzo, construiu um verdadeiro império, tendo indústrias esparramadas por todo território nacional.

Os Matarazzo fabricavam desde enxadas para carpir até derivados do leite, principal empregador da época, suas empresas foram, por mais de trinta anos, responsáveis por mais de cinquenta por cento de todo PIB nacional. Enfim, os herdeiros não conseguiram gerenciar o patrimônio, a marca Matarazzo acabou em nada, porém, ainda é possível avistar edificações das indústrias esparramadas pelo Brasil, verdadeiros elefantes brancos, sem qualquer utilidade, tomados pelo mato e pelo abandono, verdadeiras ruínas... para se ter uma ideia, até para a demolição dessas estruturas seriam necessários milhões de dólares.

Quanto a nós, pobres mortais, somos a segunda parte do enunciado, somos aqueles que, desde pequenos, tivemos que construir nosso meio de subsistência, muitas das vezes trabalhando em subempregos. Nossa necessidade diária, de gerar recursos, sempre fez de nós verdadeiros guerreiros... Sabe aquela metáfora “matar um leão por dia”? Então, “é nóis”!

Temos que agir como uma pipa ao vento, afinal, uma pipa só sobe se enfrentar o vento de frente, senão não sairá do chão... nós também, se esperamos somente os ventos a favor poderemos sucumbir muito cedo e, feito o herdeiro do magnata, não saberemos enfrentar o mundo de frente e estaremos fadados à derrota e à submissão.

Tudo isto vem de encontro as palavras de um compositor mineiro: “... nada a temer senão o correr da luta, nada a fazer senão esquecer o medo...” fica a dica.