Thiago Braz, o renomado saltador com vara brasileiro, campeão olímpico na Rio 2016 e medalhista de bronze em Tóquio 2020, enfrenta agora um sério desafio em sua carreira esportiva. O atleta, natural de Marília (SP), a cerca de 90 quilômetros de Ourinhos, foi suspenso provisoriamente pela Athletics Integrity Unit (Unidade de Integridade do Atletismo) após testar positivo para ostarina, uma substância utilizada para o aumento de massa muscular.
A suspensão, que pode durar até quatro anos, foi comunicada pela agência AP e confirmada pelo portal ge. A Athletics Integrity Unit explicou que a suspensão provisória é aplicada quando há evidências de doping antes de uma decisão final em uma audiência de acordo com as regras antidoping do atletismo mundial ou o código de conduta de integridade.
Ostarina é a mesma substância que causou a perda da medalha de prata para a equipe masculina britânica de revezamento 4x100 metros nos Jogos de Tóquio, após o atleta Chijindu Ujah também testar positivo. Além disso, a jogadora de vôlei Tandara também foi suspensa por quatro anos pelo uso dessa mesma substância proibida.
Ainda não foi divulgado quando o exame positivo de Thiago foi realizado, mas a Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD) já foi notificada e encaminhou o caso para sua Autoridade de Gestão de Resultados, que marcará o julgamento do atleta. A suspensão provisória já está em vigor a partir da notificação.
Thiago Braz, de 29 anos, é reconhecido como um dos principais nomes do salto com vara no mundo. Além das duas conquistas olímpicas, ele também possui uma prata no Mundial de Atletismo Indoor de Belgrado em 2022. No entanto, seu futuro esportivo agora está em jogo devido à acusação de uso de substância proibida.
Após tomar conhecimento da notícia, o saltador procurou o advogado Marcelo Franklin para cuidar de sua defesa. Franklin, especialista em casos de doping e direito esportivo, já defendeu outros atletas em situações similares no passado.
A ostarina é uma substância classificada como SARM (modulador específico de receptores androgênicos seletivos), que tem ação anabolizante, aumentando a massa muscular, a força e a performance. Seu uso não é aprovado pela FDA e é considerado doping para atletas. Embora esteja sendo estudada para tratamento de sarcopenia (perda de massa muscular relacionada à idade), seu uso não é recomendado sem prescrição médica e manipulação adequada.
Ainda não existem estudos conclusivos sobre quanto tempo a ostarina permanece no organismo, mas exames antidoping podem detectar sua presença até 30 dias após o uso. A situação de Thiago Braz serve como um lembrete da importância do combate ao doping no esporte, garantindo a integridade e o espírito justo nas competições. A comunidade esportiva aguarda os desdobramentos do caso e espera por uma resolução justa e transparente.