Munícipe de conta absurda de R$2.636,46 revela falta de água em escola municipal do filho

Músico contou que além da conta astronômica, ficou sabendo que a escola do filho sofria pela quinta vez em menos de uma semana de falta de água e exigiu uma providência imediata.
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O munícipe, morador de Ourinhos, na COHAB, que nesta quinta-feira, 31, usou as redes sociais para extravasar sua revolta ao receber uma conta de água no valor de R$2.636,46, contou ao Passando a Régua que seu dia não foi nada agradável. Além da conta astronômica, ele ficou sabendo que a escola do filho, de quatro anos, sofria, pela quinta vez, em menos de uma semana, de falta de água e exigiu uma providência imediata.

A revelação foi feita em entrevista exclusiva, na noite desta quinta-feira. Segundo Fabrício Suter Gazola, que é músico, ontem (31) pela manhã, já estava um pouco estressado com a conta absurda e quando foi deixar o filho em uma escola municipal de ensino infantil, na Vila Margarida, ficou sabendo que a escola estava sem água pela quinta vez na semana.

“Não tinha água pelo quinto dia, em menos de uma semana. Então eu liguei na SAE (Superintendência de Água e Esgoto de Ourinhos) e fiz com que eles levassem o caminhão pipa lá na escola”, contou.

Ainda segundo o músico, ele sabia que algo estava errado na escola do filho.

“Ontem (30) fui busca-lo, ele (filho) estava sujo e reclamando que estava desde o lanche sem água e sem lavar as mãos e então a professora pediu para levar uma garrafinha com água hoje (31). Mas quando cheguei lá e não tinha água. Já estava revoltado com problema da conta e fiquei fora de mim”.  

“Queria deixar claro que apesar do problema da falta de água as professoras e funcionárias da escola sempre taram o meu filho muito bem, elas não têm culpa nenhuma da situação”.

Sobre a conta

Já sobre a conta, Fabrício contou que esteve na SAE e fez um registro de reclamação de conta exorbitante. O músico contou que chegou até falar com prefeito Lucas Pocay via Facebook e que ele disse que alguém da SAE iria entrar em contato com ele para resolver a questão.

"Acreditamos que seja fluxo de ar que esteja sendo computado e girando o hidrômetro.

Aqui em casa, a gente tem uma média entre 12 e 18 metros cúbicos de água de consumo por mês e hoje depois de medir o hidrômetro pela manhã, fomos ver agora a noite e já tinha girado quase 5 m³, mesmo faltando água todos os dias aqui na minha rua. Estava sem água o dia todo. Como pode ter gastado 5m³?”

“Leitura hoje pela manhã 4630, leitura agora quando cheguei em casa 4634,3. E tá sem água de novo aqui em casa”

Segundo Fabrício, ele não vai pagar essa conta.

“Se não resolverem, eu vou na OAB (Ordem dos Advogados do Brasil de Ourinhos), ai vou ter que levar para justiça”.

Fabrício acredita que falta mais empenho da atual administração para resolver o problema de falta de água em Ourinhos.

“Eu acho que o prefeito tinha que parar tudo, para resolver esse problema. Porque água é o básico”.

 

 Nem a SAE e nem Prefeitura de Ourinhos se manifestaram sobre os problemas de falta de água em Ourinhos nesta semana.