Onda de calor histórica atinge o Brasil e deve durar até quarta-feira, 5

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A semana iniciada neste domingo, 2, promete ser uma das mais quentes já registradas para o mês de março, de acordo com a MetSul Meteorologia. A onda de calor que atinge grande parte do Brasil deve se intensificar nos próximos dias, elevando as temperaturas acima dos 40ºC em diversas regiões. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu alertas de perigo e risco à saúde para partes do Sul do país, São Paulo e Mato Grosso do Sul.

No Rio Grande do Sul, que já sofre com perdas na produção de soja devido à seca e ao calor, as temperaturas devem ficar entre 5ºC e 10ºC acima da média histórica para março, que normalmente varia entre 28ºC e 30ºC. Segundo a MetSul, uma sequência de dias com máximas em torno de 40ºC no Estado é extremamente incomum para o período. O fenômeno é explicado por uma "bolha de calor" sobre as latitudes médias da América do Sul, com maiores desvios de temperatura na Argentina, Uruguai e Rio Grande do Sul.

Nos Estados vizinhos, Santa Catarina e Paraná, o calor também será intenso, com temperaturas diárias acima dos 35ºC. No Sudeste, embora o calor seja persistente, as temperaturas não devem ser tão extremas. Em São Paulo, a capital deve registrar máximas entre 29ºC e 32ºC, enquanto o interior pode alcançar de 35ºC a 38ºC. No Rio de Janeiro, o cenário será semelhante, acompanhado por um padrão de chuvas abaixo do esperado.

O Inmet emitiu um aviso laranja para a onda de calor, indicando temperaturas até 5ºC acima da média e riscos à saúde devido à persistência das condições extremas por até cinco dias consecutivos. Esta poderá ser a terceira onda de calor registrada no Brasil em 2025, com as anteriores ocorrendo em janeiro e fevereiro, ambas no Rio Grande do Sul.

A Climatempo prevê que o bloqueio atmosférico responsável pelo calor intenso só deve ser rompido após o dia 10 de março, quando áreas de baixa pressão podem trazer instabilidades ao interior do país. Além disso, o fenômeno La Niña, embora ainda ativo, está perdendo força, com o Oceano Pacífico Equatorial se aquecendo gradualmente, indicando uma possível mudança no padrão climático nas próximas semanas.