Ourinhense é detido em operação da Polícia Federal sobre atos em Brasília

Nelson Eufrosino foi filmado destruindo uma das vidraças do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília (DF), no dia 8 de janeiro.
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O morador de Ourinhos (SP), Nelson Eufrosino, foi detido pela Polícia Federal, na manhã desta terça-feira, 18, na cidade.  A PF realiza hoje (18) a 10ª fase da Operação Lesa Pátria, com o objetivo de identificar pessoas envolvidas nos atos ocorridos em Brasília no dia 8 de janeiro deste ano. Ao todo, estão sendo cumpridos 16 mandados de prisão preventiva e 22 mandados de busca e apreensão em oito estados brasileiros: Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo e no Distrito Federal. As informações são do g1 e foram divulgadas pela TV TEM.

Entre os alvos da operação está Nelsinho, como é conhecido na cidade, que foi preso preventivamente e levado para a delegacia da Polícia Federal em Marília (SP) (90 km de Ourinhos).

No dia 8 de janeiro Nelsinho foi gravado destruindo uma das vidraças do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília (DF). Seu nome já constava em lista da Advocacia Geral da União (AGU) para ressarcimento dos danos estimados em R$ 20,7 milhões, e ele também foi alvo de pedido de bloqueio de bens. Relembre o vídeo dele abaixo. 

A PF não divulgou oficialmente a prisão de Nelson. Ainda não se sabe se ele será encaminhado à Brasília, ou não. O Passando a Régua deixa aberto o espaço para a defesa de Nelson se manifestar. 

Moraes e Toffoli votam por tornar réus 100 acusados por atos

Os ministros Alexandre de Moraes e Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), votaram hoje (18), em Brasília, por abrir ação penal e tornar réus 100 denunciados pelos atos golpistas de 8 de janeiro deste ano, quando os prédios do Congresso Nacional, do Supremo e do Palácio do Planalto foram invadidos e depredados por vândalos.

Os primeiros 100 julgamentos relativos aos atos antidemocráticos tiveram início exatos 100 dias depois da quebradeira na Praça dos Três Poderes. As análises começaram à 0h desta terça-feira (18) e estão previstas para durar até as 23h59 da próxima terça-feira (24), no plenário virtual, modalidade em que os ministros depositam seus votos eletronicamente, sem deliberação presencial. 

Os inquéritos - de número 4921 e 4922 - são públicos e podem ser acompanhados por qualquer pessoa, no portal do Supremo, sem necessidade de nenhum tipo de cadastro.

Uma outra sessão virtual já foi marcada pela ministra Rosa Weber, presidente do STF, para começar em 25 de abril, com mais uma leva de denunciados. A previsão é que todas as denúncias sejam apreciadas dentro de três meses.

Ao todo, a PGR apresentou 1.390 denúncias até o momento, todas focadas nos executores e nas pessoas acusadas de incitar os atos. Segundo o STF, está sendo dada prioridade de julgamento a pessoas que continuam presas em decorrência dos atos golpistas. No momento, 86 mulheres e 208 homens seguem encarcerados no sistema penitenciário do Distrito Federal.