A paciente Ackássia Raphaela Xavier Vieira da Silva, 37 anos, usou suas redes sociais nesta sexta-feira, 26, para falar sobre a confusão em que se envolveu com o enfermeiro T. J. D. S. S., de 31 anos, no Posto de Saúde (UBS) Hélio Migliari, na Cohab, que está funcionado em horário especial em um formato de Pronto Atendimento (P. A.) até a meia noite, na noite da última quinta-feira, 25, fato que foi contado pelo Passando a Régua (Acesse aqui e reveja).
Com detalhes, a mulher, que ao Posto devido a uma crise renal, relata como tudo se passou e que a briga com o enfermeiro só aconteceu devido a forma em que foi tratada pelo servidor público, que teria, segundo ela, agido de forma soberba, com clara falta de profissionalismo e sem ética. Ackássia deixa claro ainda, que a briga não teria acontecido pelo simples fato de ter sido atendida com demora, já algumas pessoas passaram a sua frente no atendimento, mas sim somente pela forma que foi tratada pelo enfermeiro. A paciente também disse que foi bem tratada pela médica de plantão, que depois a encaminhou para UPA24, onde ela deu entrada ainda na noite de quinta-feira e ficou até cerca das 7h da manhã de sexta-feira.
O Passando a Régua procurou a comunicação da prefeitura de Ourinhos, mas não obteve um retorno referente ao posicionamento da Secretaria de Saúde diante o corrido e quais seriam as providências tomadas para que situações semelhantes não ocorram no município.
Confira o relato da paciente na íntegra:
Realmente a escolha de profissionais capacitados faz falta, ontem passei mal e fui até o PA da COHAB as 19:00 chegando lá passei pela triagem e fiquei aguardando estava com suspeita de cólica de rins com muita dor mas enfim eu fiquei aguardando por quase duas horas quando me dei conta que várias pessoas estavam sendo atendidas na minha frente mesmo tendo chegado depois até aí eu me direcionei no balcão para averiguar o que estava acontecendo porque no caso não tinha ninguém que tivesse atendimento prioritário, a moça me mostrou meu nome no sistema mas disse que não sabia porque tinha outras pessoas na minha frente o enfermeiro da triagem eu fui duas vezes na sala falar com ele e ele estava comendo segundo a moça da recepção porém cansada de esperar eu bati na porta da sala da médica ela mandou eu entrar eu perguntei se meu nome estava no sistema ela disse que estava que tinha passado seis pessoas na minha frente porque me chamou e eu não fui, mas eu estava sentada na porta então não teria como eu não ver mas enfim o problema começou após eu ser examinada pela Doutora e ela ter me pedido alguns exames e a medicação fui no balcão e a moça do balcão questionou você vai fazer os exames mesmo é demorado eu disse sim a médica não pediu? Ok ao ir até a enfermagem o tal do T... veio me dando lição de moral e afirmando que eu tinha invadido a sala da médica coisa que não aconteceu eu não gostei da maneira soberba com q ele se dirigiu a mim ele começou a discutir comigo dentro de uma sala querendo se impor porque ele é funcionário público e que recusei de tomar a medicação feita por ele pedi que fosse feita por outra pessoa que inclusive se negou por conta dele ser o chefe como ele disse quando eu acionei a polícia uma enfermeira veio e me deu uma injeção porém não conseguia colher o sangue por conta do meu nervosismo e ficaram três pessoas tentando colher o sangue quando este tal T.. entrou na sala em que eu estava parou de frente a mim cruzou os braços e ficou parado com cara de cinismo eu pedi para ele se retirar que não queria a presença dele estava atrapalhando para a realização dos procedimentos pedidos pela médica ele se recusou a sair disse que ele era o chefe lá que não iria sair e ficou o tempo todo me provocando falando q ele era funcionário público e eu ia ter q pagar cesta básica por fim eu com muita dor e muito nervosa com a situação de falta de profissionalismo e ética acabei jogando a bandeja eu tenho coragem de falar a verdade dos fatos não me escondo feito ratos a minha testemunha não tem vínculo profissional comigo ao contrário dele que como chefe que ele fez questão de deixar claro várias vezes coagindo os demais em favor a ele total falta de ética e profissionalismo desse rapaz um paciente com dor extrema tendo que discutir com ele e outra coisa eu trato as pessoas de acordo com que sou tratada em momento algum destratei ou agredi a Dra. tanto que ela me atendeu e me examinou e muito menos invadi a sala como ele disse eu entrei porque ela me falou que era para eu ficar, por conta disso não pode ser feito os procedimentos que a médica pediu e eu passei a noite na upa para exames e medicação, qualquer agravo na minha saúde o enfermeiro T... será responsabilizado por atrapalhar o meu atendimento .
O que diz o Boletim de Ocorrência
Segundo o B. O., policiais militares foram chamados para atender a ocorrência na UBS da Cohab, por volta das 21h38, onde acontecia uma briga entre uma paciente e um enfermeiro.
Segundo relato da paciente A. R. X. V. S., de 37 anos, ela aguardava no local para ser atendida, mas percebeu que várias pessoas estavam sendo passadas na sua frente, por este motivo ela então resolveu entrar na sala da médica plantonista, para perguntar da demora, momento que a médica, Dr. Vanessa, informou a paciente que ela já havia sido chamada, mas que ela poderia ficar na sala, pois já iria ser atendida. Contudo, relatou a paciente que quando estava na sala para ser medicada o enfermeiro T. J. D. S. S., de 31 anos, teria lhe dado “uma lição de moral” e ela não gostou da maneira que foi tratada por ele. Assim no momento que o enfermeiro foi medicá-la, ela se recusou ser atendida por ele e pediu para ser atendida por outro enfermeiro e ainda pediu para que este saísse da sala, o que foi recusado pelo enfermeiro. Neste momento, a paciente teria se apoderado de uma bandeja de inox e arremessado contra o enfermeiro, acertando o seu braço esquerdo, mas sem lhe causar lesão corporal.
Já o enfermeiro contou que a paciente invadiu a sala da médica e teria lhe ofendido com palavras de baixo calão e ele fez questão de ir até plantão policial registrar o B. O. contra a paciente.
Após os registros, ambos foram liberados e o enfermeiro terá seis meses para oferecer a queixa crime de injúria, que relatou ter sofrido.