O Tribunal do Júri da Comarca de Ourinhos condenou, nesta quinta-feira, 20, Adolvair Gomes, de 61 anos, a 11 anos e 8 meses de prisão em regime fechado pelo assassinato de seu filho, Cleiton de Souza Gomes, de 39 anos. O crime ocorreu no dia 22 de julho de 2023, na Rua Osvaldo Godinho Santana, no Jardim Itamaraty, e chocou o bairro.
O Crime
Na tarde do homicídio, por volta das 14h, Cleiton estava em frente a um bar no bairro, consumindo bebida alcoólica e comendo um salgado, quando foi surpreendido pelo pai. Adolvair desferiu três golpes de faca no filho, que morreu no local.
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Cleiton de Souza Gomes foi esfaqueado e morto pelo pai
Segundo testemunhas e a investigação policial, a motivação do crime teria sido uma discussão sobre dívidas relacionadas à casa de Cleiton, cujas prestações estavam atrasadas e eram pagas por Adolvair.
Antes de cometer o crime, Adolvair fez uma declaração impactante à esposa:
"Hoje o seu filho só vem para casa dentro do caixote."
Minutos depois, cumpriu a ameaça e esfaqueou Cleiton. Após o ataque, tentou entrar em sua residência, mas foi preso em flagrante pela Polícia Militar, com as roupas e a perna sujas de sangue. No momento da prisão, confessou o crime, afirmando que "estava cansado de apanhar" do filho. A faca utilizada no assassinato foi apreendida no local.
Saiba também: Após 15 horas de julgamento, acusado de matar e ocultar o corpo da esposa em Ourinhos é absolvido
O Julgamento
O júri foi presidido pelo juiz Tadeu Trancoso de Souza, que substituiu a juíza Raquel Grellet Pereira Bernardi. O Ministério Público, representado pelo promotor Dr. Lúcio Camargo de Ramos Junior, sustentou que Adolvair agiu com intenção clara de matar, uma vez que atacou o filho de surpresa, logo após Cleiton ter deixado o filho, que havia dormido com ele na casa da mãe, e foi no bar, onde bebeu e havia também comprado mandioca e peixe para a família.
A defesa de Adolvair alegou que Cleiton era agressivo e violento, e que o pai teria agido movido por um histórico de conflitos.
O pai foi condenado pela prática de homicídio simples. Os jurados não aceitaram a teses de legítima defesa, nem aceitaram a tese da defesa de homicídio privilegiado (agir por violenta emoção logo após injusta provocação da vítima). Os jurados afastaram a qualificadora do motivo fútil por 4x3.
Tramitação do Processo
Adolvair foi denunciado pelo Ministério Público com base no artigo 121, §2º, inciso II, combinado com o artigo 61, inciso II, alínea c, do Código Penal, que trata de homicídio qualificado por motivo fútil.
A denúncia foi recebida em 1º de agosto de 2023, e, durante o processo, foram ouvidas quatro testemunhas e o próprio réu. A defesa chegou a solicitar a anulação do julgamento e o reconhecimento de atenuantes, mas a Justiça decidiu levar Adolvair a júri popular, o que ocorreu nesta quinta-feira (20), culminando em sua condenação a 11 anos e 8 meses de prisão.
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Julgamento aconteceu no fórum de Ourinhos
Repercussão
O crime gerou grande comoção em Ourinhos. Cleiton era conhecido na região e frequentador do bar onde foi morto, mas relatos indicam que não costumava causar problemas. Já seu pai, Adolvair, tinha um histórico de consumo excessivo de álcool.
O corpo de Cleiton foi sepultado no Cemitério Municipal de Ourinhos, no dia 23 de julho de 2023. Já Adolvair permanecerá preso para cumprir sua pena em regime fechado.
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A defesa de Adolvair alegou que Cleiton era agressivo e violento
O Crime
Na tarde do homicídio, por volta das 14h, Cleiton estava em frente a um bar no bairro, consumindo bebida alcoólica e comendo um salgado, quando foi surpreendido pelo pai. Adolvair desferiu três golpes de faca no filho, que morreu no local.
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Cleiton de Souza Gomes foi esfaqueado e morto pelo pai
Segundo testemunhas e a investigação policial, a motivação do crime teria sido uma discussão sobre dívidas relacionadas à casa de Cleiton, cujas prestações estavam atrasadas e eram pagas por Adolvair.
Antes de cometer o crime, Adolvair fez uma declaração impactante à esposa:
"Hoje o seu filho só vem para casa dentro do caixote."
Minutos depois, cumpriu a ameaça e esfaqueou Cleiton. Após o ataque, tentou entrar em sua residência, mas foi preso em flagrante pela Polícia Militar, com as roupas e a perna sujas de sangue. No momento da prisão, confessou o crime, afirmando que "estava cansado de apanhar" do filho. A faca utilizada no assassinato foi apreendida no local.
Saiba também: Após 15 horas de julgamento, acusado de matar e ocultar o corpo da esposa em Ourinhos é absolvido
O Julgamento
O júri foi presidido pelo juiz Tadeu Trancoso de Souza, que substituiu a juíza Raquel Grellet Pereira Bernardi. O Ministério Público, representado pelo promotor Dr. Lúcio Camargo de Ramos Junior, sustentou que Adolvair agiu com intenção clara de matar, uma vez que atacou o filho de surpresa, logo após Cleiton ter deixado o filho, que havia dormido com ele na casa da mãe, e foi no bar, onde bebeu e havia também comprado mandioca e peixe para a família.
A defesa de Adolvair alegou que Cleiton era agressivo e violento, e que o pai teria agido movido por um histórico de conflitos.
O pai foi condenado pela prática de homicídio simples. Os jurados não aceitaram a teses de legítima defesa, nem aceitaram a tese da defesa de homicídio privilegiado (agir por violenta emoção logo após injusta provocação da vítima). Os jurados afastaram a qualificadora do motivo fútil por 4x3.
Tramitação do Processo
Adolvair foi denunciado pelo Ministério Público com base no artigo 121, §2º, inciso II, combinado com o artigo 61, inciso II, alínea c, do Código Penal, que trata de homicídio qualificado por motivo fútil.
A denúncia foi recebida em 1º de agosto de 2023, e, durante o processo, foram ouvidas quatro testemunhas e o próprio réu. A defesa chegou a solicitar a anulação do julgamento e o reconhecimento de atenuantes, mas a Justiça decidiu levar Adolvair a júri popular, o que ocorreu nesta quinta-feira (20), culminando em sua condenação a 11 anos e 8 meses de prisão.
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Julgamento aconteceu no fórum de Ourinhos
Repercussão
O crime gerou grande comoção em Ourinhos. Cleiton era conhecido na região e frequentador do bar onde foi morto, mas relatos indicam que não costumava causar problemas. Já seu pai, Adolvair, tinha um histórico de consumo excessivo de álcool.
O corpo de Cleiton foi sepultado no Cemitério Municipal de Ourinhos, no dia 23 de julho de 2023. Já Adolvair permanecerá preso para cumprir sua pena em regime fechado.
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A defesa de Adolvair alegou que Cleiton era agressivo e violento