Com time misto, poupando para a Copa do Brasil, o Palmeiras arrancou ótimo empate do São Paulo no Morumbi, na noite deste sábado, pela 10ª rodada do Campeonato Brasileiro. O Tricolor abriu o placar com Pablo (que voltou a se machucar), criou chances para ampliar, mas tomou empate em lance bizarro - Dudu chutou, a bola desviou em Reinaldo, subiu muito, bateu no travessão, voltou em Volpi e entrou. Com o resultado de 1 a 1, o Palmeiras segue invicto no Brasileirão (já são 33 jogos sem derrotas na competição, incluindo todo o segundo turno do torneio do ano passado), mas agora com "apenas" três pontos de frente para o segundo colocado, o Santos (26 a 23 pontos). Já o São Paulo segue no meio da tabela, com 15.
Este foi apenas o segundo jogo em que o Palmeiras perdeu pontos no Brasileirão - o primeiro havia sido no empate em 1 a 1 com o CSA, em Maceió. Duas coisas em comum nessas partidas: em ambas, o Palmeiras jogou com time misto (ou seja, não perde nem com reservas) e teve mais posse de bola do que o adversário. Nas oito vitórias até agora no Brasileirão, o Palmeiras só teve mais posse do que o adversário em uma delas (contra o lanterna Avaí, em casa).
Pela primeira vez o Tricolor teve o "ataque APP", com Antony, Pablo e Pato. Dos três, a maior expectativa recaía sobre Pablo, que não jogava desde o Campeonato Paulista e fez sua primeira partida com a camisa 9 (chegou ao clube com a 12, porque a 9 era de Diego Souza). E foi justamente no minuto 9 que Pablo deixou sua marca, completando cruzamento rasteiro de Hernanes. No primeiro tempo, o time de Cuca mostrou evolução no período de pausa do Brasileirão para a Copa América. Meio-campo (com Luan, Tchê Tchê e Hernanes) e ataque ("APP") demonstraram muita mobilidade e dificularam a saída de bola do Palmeiras, que pouco produziu na etapa inicial. O problema foi a lesão de Pablo, no fim do primeiro tempo. Raniel entrou no intervalo e perdeu grande chance logo na primeira jogada. Por ser mais "centroavante" (ou seja, ter menos mobilidade que Pablo), Raniel teve dificuldade para se encaixar no time. Aos poucos, o Tricolor foi perdendo ímpeto, e o gol de empate, "achado" pelo Palmeiras, foi um balde d'água fria no time, que não conseguiu se reencontrar em campo.
Na escalação inicial, Felipão poupou cinco titulares: Luan, Gustavo Gómez, Felipe Melo, Bruno Henrique e Lucas Lima - ou seja, a dupla de zaga e o trio de meio-campo. Desses cinco, só Bruno Henrique e Gómez ficaram no banco. O motivo de tamanha cautela é o jogo da volta das quartas de final da Copa do Brasil contra o Inter, quarta-feira, em Porto Alegre (na ida, o Palmeiras venceu por 1 a 0). Sem esses cinco titulares, o Verdão começou acuado, com problemas principalmente na saída de bola, e assustado pela pressão e movimentação apresentadas pelo rival. Levou o gol aos 9 minutos e demorou pelo menos outros 20 até entrar no jogo de fato. O setor de meio-campo deixava a desejar, mas a bronca maior de Felipão à beira do campo era com Deyverson - o técnico queria o atacante mais enfiado na área, sem cair pelos lados ou voltar para ajudar na armação. No geral, o Palmeiras teve muito mais posse de bola (58%, coisa rara) e aparentou não saber o que fazer com ela. Acabou dando sorte (de campeão?) ao "achar" um gol num chute despretensioso de Dudu, que contou com imensa colaboração de Tiago Volpi. No final, mostrou-se mais perto do segundo gol do que o rival. Ótimo resultado!
O Palmeiras volta a jogar na quarta-feira, contra o Inter, pela partida de volta das quartas de final da Copa do Brasil. Pelo Brasileirão, o próximo jogo do Verdão será no sábado, contra o Ceará, em Fortaleza. Já o São Paulo terá um bom tempo de descanso: só volta a jogar na outra segunda-feira (22), contra a Chapecoense, no Morumbi, pelo Brasileiro.
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