Reprovação ao governo Lula chega a 41% e supera aprovação, aponta pesquisa

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A reprovação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) atingiu 41%, superando a aprovação pela primeira vez, de acordo com pesquisa divulgada nesta quinta-feira, 13, pelo instituto Ipsos-Ipec. O levantamento aponta um crescimento de 7 pontos percentuais na avaliação negativa desde dezembro do ano passado.

O estudo revela que apenas 27% dos brasileiros consideram a gestão petista como “ótima” ou “boa”, o que representa uma queda de 7 pontos percentuais em comparação com a pesquisa anterior. Outros 30% classificam o governo como “regular”, enquanto 1% não soube responder.

A pesquisa, realizada entre os dias 7 e 11 de março deste ano, ouviu 2.000 brasileiros em 131 municípios. O estudo tem um nível de confiança de 95% e uma margem de erro de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.

Outro dado relevante apontado pelo levantamento é a desaprovação à forma de governar do presidente. Atualmente, 55% dos entrevistados desaprovam a administração de Lula, um aumento de 9 pontos percentuais em relação à pesquisa anterior. Por outro lado, 40% aprovam, uma queda de 7 pontos. Outros 4% não souberam responder.

A confiança no presidente também sofreu um abalo, com apenas 40% dos entrevistados declarando confiar em Lula, enquanto a desconfiança cresceu 6 pontos percentuais, chegando a 58%. Apenas 2% dos entrevistados não souberam opinar.

A queda na aprovação do governo se reflete, inclusive, entre eleitores que apoiaram Lula em 2022. Entre esses eleitores, a aprovação caiu de 64% para 52%. No Nordeste, região que historicamente representa uma base eleitoral forte para o presidente, a queda foi ainda mais acentuada, passando de 50% para 37%.

Os segmentos da população que mais rejeitam a gestão petista incluem eleitores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2022, dos quais 72% avaliam o governo como “ruim” ou “péssimo”. A rejeição também é mais alta entre aqueles com renda superior a cinco salários mínimos (59%), os mais escolarizados (48%), evangélicos (52%) e homens (46%).

Os dados refletem um momento de desafio para o governo Lula, que enfrenta um cenário de crescente insatisfação popular em diversos segmentos da sociedade. A pesquisa evidencia a necessidade de estratégias para recuperar a aprovação e fortalecer a confiança na administração federal.