Sindicato cobra Pró-Vida e não descarta paralisação dos funcionários da UPA de Ourinhos

Organização Social não cumpriu acordo e não está fazendo pagamento de reajuste salarial, vale cesta básica e nem deposita o FGTS dos trabalhadores da unidade. Paralisação dependerá da vontade dos funcionários, destacou o sindicato.
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O Sindicato dos Trabalhadores da Saúde de Ourinhos procurou o Passando a Régua, na tarde desta quinta-feira, 28, para denunciar o descumprimento de acordo por parte da Organização Social Pró-Vida, OSCIP responsável pela administração da UPA (Unidade de Pronto Atendimento 24h de Ourinhos), que não estaria pagando o reajuste salarial, vale cesta básica e nem depositando o FGTS (Fundo de Garantia de Tempo de Serviço) dos funcionários da unidade, além de não fazer o pagamento de rescisões contratuais.   (Assista abaixo a gravação da transmissão ao vivo, que foi ao ar na tarde de hoje (28) através do Facebook do Passando a Régua)

“Eles (Pró-Vida e Prefeitura) foram condenados pela justiça de Ourinhos a realizar o pagamento de todos os atrasados, mas estão descumprindo a decisão judicial”, destacou o advogado do sindicato, Dr. Otávio Vasconcelos.

De acordo com o sindicato, o problema se arrasta desde abril deste ano e se agravou ainda mais após a convecção coletiva, que estabeleceu aos funcionários o reajuste de 5.1% e o vale cesta básica que subiu de R$190,00 para R$200,00. Porém a Pró-Vida não honra com os reajustes e a dívida com os funcionários só tende a crescer.

“Na época em que entramos com a ação contra a Pró-Vida e a Prefeitura de Ourinhos, a dívida com os funcionários girava em torno de R$364 mil, isso referente a apenas dois meses e hoje já se passaram mais de seis meses”.

De acordo com o advogado a Prefeitura de Ourinhos recorreu da sentença proferida em Ourinhos.

Sobre a possibilidade de paralisação acontecer, a diretoria não descarta. “Depende dos trabalhadores, se eles quiserem certamente pode acontecer”.

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Há quase dois meses aconteceu uma reunião entre Prefeitura e Pró-Vida, no dia 1º de outubro, e ficou estabelecido um aporte de R$ 2.305.558,01 e a renovação do contrato com a OSCIP até setembro de 2020, com reajuste em mais de 27%. Antes a prefeitura destinava mensalmente R$ 1.004.668,98 e agora destina R$1.278.219,47. Mas mesmo assim a situação dos funcionários não foi resolvida. 

O Passando a Régua tentou falar com a Pró-Vida porém não conseguimos. Também procuramos a secretaria Municipal de Saúde da Prefeitura de Ourinnhos, mas até o fechamento da matéria não obtivemos o retorno.

Confira o vídeo abaixo na íntegra: